O pai levou a fia,
Para o medicun consurtá.
Ela está sempre fria,
E vive a dismaiá.
O dotô num qué sabê
Da minina, a situação.
Ele diz e pode crê,
A duença? É mal do coração.
O pai ficô furioso,
Pela tá decraração.
Vive triste curioso,
Esperando a parição.
Procurô o meninão,
Prá tirá sastisfação.
Respondeu firme, o garotão:
Não tenho curpa, meu irmão!
Como qui ocê não
tem curpa
Se ela prenha tá?
Não venha com discurpa,
Ou ocê não é capaz?
Craro que sô capaz,
Purquê home sô.
Mai tem outro rapaz,
Que tua fia oiou.
O que tu fala muleque
Da fiel fia minha?
Ela num roda o leque,
Nem faz ponto na pracinha.
Procure repará,
O teu grande erro.
Arrume prá casá,
Ô te mando pró disterro.
O minino apavorô,
Com muito medo ficô.
Papelada perparô,
E com a minina si casô.
Tunin.