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quarta-feira, 6 de abril de 2011

A CEGONHA

do google

                                                              
Dona Aurora, era a matriarca de uma família de descendência portuguesa. Tinha quinze filhos. Todos nascidos em casa, pois naquela época não havia a comodidade das maternidades.
Todo ano, dona Aurora exibia um barrigão que mais parecia um pote. Ela morria de vergonha dos filhos mais velhos quando ficava grávida. Sempre comentava com os menores que a cegonha a qualquer hora traria um novo irmãozinho para casa.
Chiquinho era um de seus filhos menores, mas era esperto, cheio de perguntas e atento às coisas à sua volta. Diferente dos demais!
Certo dia, dona Aurora estava preparando o jantar quando de repente exclamou:
 - Deus meu!
 - Estou enjoada, será gravidez!
-Oh, meu Deus aonde vou por a cara!
- Ajude-me!
Quando seu Manuel retorna do trabalho, ela vai direto ao assunto:
           - Como explicar para os meninos que estou novamente grávida, homem?
           - Seu Manuel devolveu:
            oh, mulher, conta para eles a história da cegonha!
            - Dona Aurora: Você pensa que é fácil assim, é? ... Eu já estou numa idade para não ter mais filho e ainda por cima meus filhos mais velhos o que vão pensar?
          - Seu Manuel calmamente, diz:
             fala que você está grávida e vai ter o filho, ora!
         - Dona Aurora olha para ele e dispara:
            você não tem jeito mesmo!
No dia seguinte quando seu marido sai para o trabalho, ela reune a filharada e meio encabulada fala que aquela casa, brevemente, receberá visita da cegonha. Os maiores riram de fazer graça. Chiquinho, por sua vez, sentado num banquinho a degustar seu saboroso mingau, gritou:
- Mãe, como é que o nenê está em sua barriga e é a cegonha quem vai trazer?
             Dona Aurora pensou, pensou e resolveu falar:
           - Filho, a cegonha vem bica a perna da mamãe e entrega o seu irmãozinho.
            - Mãe, por aonde a cegonha vai entrar e bicar a sua perna se a gente não vê? Quis saber o garoto.
- Dona Aurora, imediatamente fala:
  filho, ela entra pela chaminé devagarzinho para não acordar vocês.
  O pimpolho não se conforma e interroga admirado:
 - Será, mãe?!
 Então, “vai” fazer um trato. Quando a cegonha chegar, aqui em casa, a senhora vai me acordar para eu “ver ela” voando trazendo no bico, enrolado no lençol, o meu irmãozinho. Pode ser?
Dona aurora viu-se com uma batata quente nas mãos. O que fazer? O que dizer? Nada! O jeito era concordar com a curiosidade do filho esperto e esperar o momento mágico da vinda da cegonha.

Observação: A cegonha foi escolhida como símbolo da maternidade pelo seu comportamento maternal. E as mães para não dizer como era o processo do nascimento escondiam a verdade através da lenda da cegonha. Tudo isto surgiu na Escandinávia e espalhou pelo mundo.

9 comentários:

Carla Fernanda disse...

kkkkkkk...era mesmo assim que os adultos explicavam para as crianças e já vi versões também que eram os aviões que traziam os nenês e jogavam lá de cima. Então, não era raro que as crianças ficassem nas ruas gritando para o avião lá no alto:
-Avião joga um nenê para mim!!!
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Boas histórias Tunin!!!
Beijos!!
Carla Fernanda

chica disse...

É muito legal esse teu texto da cegonha e as enrascadas dos adultos com ela...abração,lindo dia,chica

Mare disse...

Coitada da mamãe, uma chocadeira já envergonhada!
Legal teu conto, amei.
Beijo
Mare

CARLA STOPA disse...

Os bichinhos não caem mais nessa de cegonha, não...Mas seu texto...Lindo.

Sônia Silvino (CRAZY ABOUT BLOGS) disse...

Imagino como não foi difícil em outros tempos explicar certas coisas. Hoje tudo é mais simples e direto. Se bobear, as crianças é que nos dão explicações. rsrsrs
Beijos, meu querido!!!

GRAÇA disse...

Turim a história é muito engraçada
Tenhas um bom fim de semana
Vai lá ao blog ver a partida que preguei a Rutha e Lili
Ronrons e bom fim de semana
Kika

Marcos Mauricio disse...

Beto, ri muito com essa historinha. Lembrei, no alto dos meus 42, sendo 4º filho de 7 irmãos... Apenas uma menina e olhe que a mainha (é engraçado escrever assim) ainda teve barriga de gêmeos duas vezes, mas a cegonha deixou os bebês cairem por um descuido, ou talvez o excessivo peso. Não sobreviveram. Seriamos 11 "Mauricios". rsrsrs
P.S. Leiam: menstruação, a sangria inútil - do dr Eusimar Coutinho. Trata desse assunto.

JoeFather disse...

Realmente é um angu de caroço, hoje em dia a garotada sabe mais que a gente, não tem como enrolar, o negócio é treinar para dizer a verdade, ou outra meia-verdade hehe

Abraços e parabéns pela história, ficou linda!

Carla Fernanda disse...

Boa noite Tunin!
Aqui chuva.