O carro de boi com a mudança,
Vinha vindo lá na estrada.
O carreiro sisudo dava a ordenança:
Ê boi, ê boi, como se fosse
boiada!
E com essa cantiga gritada,
O carro de boi na rua passava.
E repetia: ê boi, ê boi, a garotada,
Que dá calçada espiava.
O carro é todo feito,
De forte e resistente madeira.
Assim nunca dava defeito,
Só se caísse na lamaceira.
Desde o tempo colonial,
É transporte no Brasil.
No sertão era tão habitual,
Como o céu de anil!
Dois buracos no mião,
Ajudava o som ecoar,
Para cumprir sua missão,
Na dureza de o transportar.
Saudade dos tempos ausentes.
Que jamais voltarão.
Hoje com o progresso presente,
Carros velozes e muita poluição.
Ah, meu carro de boi!
Quantas vezes contigo sonhei!
Agora o sonho já se foi,
Mas de ti experimentei.
31 comentários:
Que viagem deliciosa você acaba de me proporcionar Tunin.
Quando papai era vivo, íamos com frequência para a fazenda de um tio meu, na cidade de Areias (interior de São Paulo), lá por diversas vezes andei no carro de boi e sensação como essa, só vivenciando pra saber o quão bom é.
Linda poesia, lindos versos, ricas rimas.
Abraços.
Oiee te encontrei na blogosfera..
Adoreiii seu blog..
Tô te seguindo.
Me visite tbm:
http://lidiepaulo.blogspot.com.br
Beijocas :*
Ótima Noite ")
Realmente é uma viajem no tempo, ainda vi este veículo rodando lá no interior onde meu pai nasceu.
Por isso é que gosto do seus poemas, fala sempre das coisas cotidianas.
Abraço
FOLHAS DE OUTONO ADORA CAVALGAR ATÉ AQUI,MAS VEJO QUE HOJE TENHO QUE VOLTAR DE CARRO DE BOI,RSRSRS...
SOU DO TEMPO DA PANELA DE BARRO,DO BANHO DE RIO E DA CARROÇA DE BOI.TRANSPORTE QUE USEI MUITO NO MEU INTERIOR.QUE SAUDADES SENTI AGORA DE UM TEMPO QUE NÃO VOLTA MAIS.
AMO SEU POETAR PELA RAZÃO DA EMOÇÃO QUE VC SEMPRE NOS FAZ TRANSFERIR NOSSOS PENSAMENTOS PARA VIVENCIAR O MOMENTO...
BJS PARA AQUECER TUA NOITE DE INVERNO!
Viagem no tempo.
Gemidos pelos campos_
Passam carros de boi.
Saudade deste canto amigo,que sua poesia fez relembrar.
Numa de minhas idas a Barreiras-BA,um dia parei o carro proximo da cidade de nome Wanderley e montei num carro de boi,para matar a saudade.
Um abraço amigo e bom fim de semana.
Tunin, as boas lembranças também fazem parte dos nossos alicerces! E o progresso trouxe tanto de bom... mas apagou outro tanto, cuja sobrevivência agora depende apenas da nossa memória, depende de poemas lindos como esse!
Um grande abraço!
Tunin
O poema me vem lembrar o tempo dos vários bois com que ainda trabalhei. Quando carros de bois e as carroças de burros eram os únicos transportes locais, do lugar onde nasci.
Desejava alertar para novo capitulo no TOP SECRET OLAVO.
Abraço
Bom dia de alegria, que saudade
vendo essse carro de boi, já morei
em fazendas e lembro bem deles, ah meu amigo e em poema ficou mais bonito ainda..parabéns adorei
Deixo um abraço carinhosos
Bjuss
Rita!!!
Que coisa mais linda,Tunin..
Deu pra viajar e ouvir o barulhinho dos bois e o carroceiro...
Linda paz daqueles momentos...abração,chica
Oi Tunin, devia ter sido muito bom o tempo em que os carros eram assim!!!
Adorei a visita!!!
Bjs do Neno
oi tunin
nossa que lindo
viajei aqui!
beijos
boa semana
Olá Tunin,
A modernidade traz muitas vantagens, mas também desvantagens. É o preço que se paga pelo conforto.
Lembro-me dos carros-de-boi, embora eu sempre me assustava com os bois
(rsrsrs).
Linda poesia, resgatando memórias de um tempo bom.
Ótimo final de semana.
Abraço.
Tunin sou apaixonada por poemas assim e carro de boi tenho um carinho especial ofereço a vc esta musica que adoro.
*******************
Carro de Boi
Tonico e Tinoco
Meu véio carro de boi, pouco a pouco apodrecendo
Na chuva, sor e sereno, sozinho, aqui desprezado
Hoje ninguém mais se alembra que ocê abria picada
Abrindo novas estrada, formando vila e povoado
Meu véio carro de boi, trabaiaste tantos ano
O progresso comandando no transporte do sertão
Hoje é um traste véio, apodreceu no relento
No museu do esquecimento, na consciência do patrão
Meu véio carro de boi, a sua cantiga amarga
No peso bruto da carga, o seu cocão ringidor
Meu véio carro de boi, quantas coisa ocê retrata
A estrada a a verde mata,e o tempo do meu amor
Meu véio carro de boi, é o fim da estrada cumprida
Puxando a carga da vida, a mais pesada bagage
E abraçando o cabeçaio, o nome dos boi dizendo
O carreiro foi morrendo, chegou no fim da viage
Tunin,uma poesia saudosa e tão pitoresca!Eu adorei!Bjs e bom fim de semana!
Bela evocação essa do carro de bois, que me transportou à minha infância em Trás-os-Montes, em que o carro de bois se fazia anunciar pela chiadeira contínua pelas calçadas dos caminhos. Gostei, amigo Tunin!
Aquele abraço,
J
Lindo Tunim! São imagens como essa que povoam nossas lembranças e trazem junto revigorantes ares carregados de doces memórias! Um final de semana iluminado!
Abraço fraterno e carinhoso!
Elaine Averbuch Neves
http://elaine-dedentroprafora.blogspot.com.br/
Menino, você me levou à minha infância...eita tempo bom,meu Deus! E lá esta ele: "o carro-de-boi rangendo...rs..e eu ficava de boca aberta olhando ele passar...era demais!
abraços e muita paz.
Olá amigo boa noite, não sou da época do carro de boi, mas sinto falta de menos transito menos movimento, cheguei hj na minha cidade e estranhei bastante aki, cidade nervosa cheia demais, nossa, saudades de qdo era um sossego! Lindo poema! Abraços mineiros!
Não sei porque tenho paixão por carros de boi. Adoro! Tenho uma miniatura que comprei a muitos anos e é meu xodó. Só o título já tocou meu coração, o resto da poesia, só emoção! Lindo!
Abraços e lindo final de semana!
Tunin, linda poesia! Bela recordação do passado!!
Com carinho
Pedro
Um poema que remete a um passado, a uma história de vida...sempre boas lembranças a serem guardadas,,,abraços de bom final de semana pra ti amigo...
❤•.¸¸✿⊱╮
Lindas lembranças, cheias de poesia.
Bom fim de semana!
Beijinhos.
Minas
♡°º
°♫♫♪¸.•°`♡✿
Olá Tunin,
Que lindo blog é o seu!
Senti-me muito bem acolhida e recepcionada por esse cavalo de raça nobre!
Seu poema é rico e bem alinhavado, parabéns pela inspiração e construção. Voltarei mais vezes com certeza!
Grande abraço,
Ester.~
Lindo, Tunin!
Pareceu-me algo como aqueles filmes antigos de faroeste, onde se viam carros de bois.
Adorei, amigo.
Desejo um final de semana com muita paz.
Grande abraço,
Maria Paraguassu.
Realmente, uma visão muito difícil, hoje. Eu me lembro deles, mas estão perdidos no tempo. Fazem parte de uma realidade onde a simplicidade imperava. Abraços
Nossa fiquei emocionado!!Meu avô tinha um na fazenda em que trabalhava brinquei muito, mas só o vi uma vez mesmo com os bois e nunca mais esqueci.
Meu querido amigo..
que saudades...
faz tempo que não passei por aqui, e adorei vc ter aparecido lá no blog... um bom final de semana a vc...
Beijão
ESTOU AQUI PARA TE BOTAR PRÁ DORMIR.POIS JÁ É NOITE...
BJS DE BOA NOITE!
Um texto que "prende"! No meu tempo ( a ainda hoje há alguns, poucos) era o que se via nas aldeias, nas quintas...
Um abeçoado fim de semana
Bj
BShell
Tunin
Este poema me fez viajar no tempo.
A boiada atravessando o rio.
Lindos versos. Parabéns.
Um grande abraço.
Essa imagem me remete lá pras gerais, aonde, felizmente, ainda algum remanescente desse meio de transporte de carga.
Fiz estes videos)
(http://youtu.be/zGf0R4TK-fE)
(http://youtu.be/B9kXmlgUwWY)
Abraço,
Postar um comentário