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segunda-feira, 24 de março de 2025

O RIO CACHOEIRA LAMENTA

Crédito da internet
 


O Rio corre inocente,

Como córrego, outrora caudaloso.

Tem sentido a sua decadência,

Porque o homem o maltrata impiedoso.

Rio fonte de renda para muitos.

Grita sufocado no lamento.

Ribeirinhos tiram dele o sustento,

Entre lamas e detritos efervescentes.

Olha-se, com tristeza, para ele.

E o poder público caso não faz.

Parece anestesiado contumaz.

Por que tanto desprezo, meu Pai?!

As lavadeiras deixaram sua margem.

Foram para o solitário tanque sem vigor.

Já não contemplam o turvo de sua cor,

Nem o cheiro do perfume da flor.

TUNIN – outubro/2016.

2 comentários:

Toninho disse...

Onde eu nasci também passava um rio, numa correnteza de fazer medo. Eu menino me lançava nas aguas para recolher alguma roupa desgarrada da bacia de uma lavadeira. Os peixe estavam ali, escondidos nas margens mais calmas, a agua era limpa, até se bebia.
Os peixes foram embora, as lavadeiras desistiram. O rio mudava de cor, o minério tingia as aguas e matava os peixes. Um dia o rio secou e virou estrada. Mas como dói amigo.
Um abração e seja bem vindo amiga e que o cachoeira ainda possa ressuscitar das cinzas da irresponsabilidades humana.

Tunin disse...

Obrigado, Toninho