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sábado, 25 de setembro de 2010

Ilhéus, a terra.



Terra da dengosa Gabriela.
Retratada, em Jorge, como faceira.
De cheiro gostoso cravo e canela,
De modo ingênuo, vivia de brincadeira.

Terra da praça J.J. SEABRA.
Lá Sapho, a estátua, fica.
Na América do Sul, a única que há.
Vale fazer-lhe uma visita.

Terra da praça do cacau.
Onde morenas se deleitam ao amar.
Sentadas, em pé ou junto ao degrau,
Sentindo o gostinho do mar.

Terra da Lagoa Encantada,
Em branco véu de noiva, a cascata.
Pelos poetas, sempre venerada,
Grita elegante no silêncio da mata.

Terra da Avenida Dois de Julho.
Onde o sol se põe em poesia.
O ilheense se volta com orgulho.
Ao contemplar o fenômeno alegria.

Terra do Pontal tropical.
Lugar de prazer e amor.
Ali nada é artificial,
Ilha bela, cheia de calor!


Terra do badalado Vesúvio.
O Nacib fez seu habitar.
Com sol causticante ou dilúvio,
É o lugar de prosear.

Terra do cabaré Bataclan.
Na Praça José Marcelino se exibia.
Há lembrança e muito afã,
Da cafetina que o fazia.

Terra do coronel poderoso.
Suspirava dinheiro e poder.
Na lapela ar misterioso,
De um homem que escondia o sofrer.

Terra do Ceamev.
Colégio simples e acolhedor.
Guarda o carinho do mestre
Que ao aluno, fez doutor.

A terra é do sem fim.
Assim disse o amado Jorge.
Em seu narrar há lirismo, sim.
Porém deixou o romantismo em nós.




Tunin

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