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quarta-feira, 27 de abril de 2011

MIMI E MIMU

do google
Mimi era uma gatinha angorá que vivia num palacete coberta de mimos.
Quando saia à rua para passear, usava vestidos especialmente feitos para ela. Nada lhe faltava. Havia comida em abundância e trato com carinho.
Se não tivesse um vestido novo para os famosos passeios, Mimi esperneava, miava e ameaçava não sair.
Dona Ema, sua dona, andava meio preocupada com aquela situação.
Mimi está exagerando na vaidade, diz sua dona. Isto não pode ficar do jeito que está! Ela precisa de uma lição! Reclama, preocupada, dona Ema.
Certo dia, num de seus passeios habituais, encontrou, na esquina, um vira-lata (cão sem raça definida), magrinho e esfomeado. Como a convivência entre cão e gato nunca foi pacífica, os dois se estranharam de cara. Mimi miava e lançava-se contra o cachorro faminto. Por sua vez o vira-lata rosnava, mas não tinha forças para enfrentar Mimi.
Naquele momento, Mimi achou que fora vitoriosa, pois o pobre cão na humildade de sua fraqueza colocou o rabinho entre as pernas e foi-se saindo de mansinho.
Num instante de intuição, Mimi se posiciona sentada, olha tristemente para sua dona e uma lágrima cai-lhe dos olhos. Dona Ema, instantaneamente, entendeu aquela situação piedosa de sua gata. É como se implorasse: ajude o vira-lata, adote-o. Mate-lhe a fome. Imediatamente, D. Ema atendeu ao apelo daquela lágrima de sua estimada Mimi. Saiu correndo para alcançar o vira-lata e quando o encontrou, fez-lhe um afago, colocou-o no colo e deu-lhe abrigo em sua casa.
Em casa, as primeiras providências foram tomadas, como dar banho, remédio nas feridas, comida.
O animal começou a despertar o interesse de todos da casa, quando Bolinha, o filho gordinho, daí o apelido, de dona Ema, perguntou:
Ih, mãe, ele não tem um nome!
É mesmo, filho, respondeu d. Ema.
Qual seria o nome mais apropriado, perguntou ela?
Bolinha não vacilou e disse:
- a Mimi é a Mimi, então ele vai-se chamar de Mimu, pois foi através do seu mimo que ele ganhou casa nova com comida e tudo, igual a Mimi.
 D. Ema ficou envaidecida com o nome batizado e agradecida por ter tirado Mimu das ruas, do abandono, da fome, do frio e lhe ter dado um lar.
O convívio de Mimi e Mimu já não era de cão e gato, mas de dois animais com naturezas diferentes que encontraram no humano, o amor e acolhimento.
Os passeios solitários de Mimi ganharam colorido com a presença carinhosa de Mimu.
Viveram pacificamente, lado a lado, como se fossem de mesma espécie!
Adote um animal!


6 comentários:

Carla Fernanda disse...

Os animais, muitas vezes, respeitam mais que os homens e nos dão uma lição.
Belo Texto e lindos animais. Adoro!
Bom dia!
Carla

Anne Lieri disse...

Tunin,sensivel e muito criativo seu conto!Uma história para crianças e adultos!Adorei!Bjs,

chica disse...

Que coisa mais linda esse conto.,Tunin! Um amor essa duplinha! bela mensagem...Vale adotar! abração,chica

Mare disse...

conviver significa "viver com," é uma arte difícil, mas não impossível como bem vc. descreveu em seu lindo conto!
Beijin Mare

GRAÇA disse...

Tunin adorei este conto era muito bom que todas as pessoas fossem como a dona da Mimi
Turrinhas carinhosas da amiguinha
Kika

JoeFather disse...

Toda a forma de amor será sempre bem vinda dentre todas as raças!

Ótimo conto, de muito bom gosto e com teor reflexivo! Parabéns pela escolha do tema!

Abraços renovados!