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segunda-feira, 29 de abril de 2013

A CAXIROLA





Na África a Vuvuzela,
Por cá, a caxirola.
Aqui testada sem cautela,
Nas mãos de vândalos rapazolas.

O instrumento musical,
Para ser da Vuvuzela, a sucessora,
Antes do apito final,
Virou arma apavoradora.

Foi no palco da Fonte Nova,
A estreia da sensação,
Mas ela virou prova,
Da falta de civilização.

O jogo do Bahia e Vitória,
Aonde o Bahia não ia bem,
Perdendo de dois a zero, que história?!
O torcedor não se contém.

Jogada sobre o gramado,
Sob a forma de protesto,
Os ânimos exaltados,
Não previram ato funesto.

É uma espécie de chocalho,
Para ter na palma da mão,
Mas usada por bandalho,
Vira instrumento de agressão.

Que o belo artefato,
Possa ser utilizado pra valer!
Que tipo desse ato,
Não venha mais acontecer!



Observação:Incidente ocorrido, na Fonte Nova, por mentes distorcidas que trocam instrumentos  feitos para causarem alegria por práticas contrárias.

sábado, 27 de abril de 2013

DUNAS





Montanha de areia,
Que o vento faz formar,
À beira-mar margeia,
Tornando-a fofa ao pisar.

Ao soprar do vento,
A areia é por ele levada,
E o grão, em ajuntamento,
Vê a duna ser criada.

De longe ao avistar,
Parece onda em movimento,
A branca areia do mar,
Mexe com o pensamento.

São colinas maravilhosas,
Que clareiam a visão.
Cuja beleza graciosa,
Formada de grão em grão.

As dunas nos ensinam,
Coisas pequenas valorizar,
Como minúsculas notas que afinam,
Belas canções pra cantar.

Quando o sol, no mar, mergulha,
Vendo a tarde o seu findar.
Instante em que de cor a duna muda,
Num belo espetáculo ocular.




domingo, 21 de abril de 2013

EM ABRIL





      
                             O outono tem uma pérola,                              
O quarto mês gregoriano,
Que ativa nossa cachola,
Como ao som do piano.

Trinta dias ele tem,
Cheio de fruto e flor.
Sol e chuva também vêm,
Recheando o amor.

Eu casei por aqui,
Numa noite de luar,
Um sábado lindo de abril,
Quando disse sim, no altar.

Neste mês de abril,
Minha avó colhia cravo,
Naquele ambiente gentil,
Vendia a flor por centavo.

Tiradentes insatisfeito,
Com a taxação do ouro.
Articulou um pleito,
Para salvar o tesouro.

O executor da inconfidência mineira,
Por Silvério denunciado,
Maldita boca mexeriqueira,
Permitiu, ao herói, ser enforcado.

Num tempo não tão distante,
Quase de abril, o final.
Cabral, por aqui, errante,
Viu o Brasil colossal.

Abril para mim é o azul.
A cor brilhante do céu.
Tal qual o cruzeiro do sul,

Para quem tiro o chapéu.


Minha participação no primeiro concurso “Pena de Ouro” do blog do Bicho do Mato.Aqueles que curtem o meu blog, cliquem aqui e votem.Obrigado.

sábado, 13 de abril de 2013

ALTRUÍSMO




O altruísmo é uma virtude,
Que  nem todo  o ser humano tem.
Ajudar o outro é atitude,
Sem se importar a quem.

Tudo faz com o coração,
Para amenizar, no outro, a dor.
Recompensa não quer não,
Seja lá do que for.

Confunde-se com solidariedade,
Mas solidariedade não é.
É uma profunda bondade,
Que só faz quem tem fé.
  
Comte foi o criador,
Dessa palavra generosa,
Filósofo francês e detentor,
De mente primorosa.

Ele viu no ser humano,
O egoísmo abandonar,
Para executar o seu plano,
E o altruísmo praticar.

Dentro dessa sua visão,
Três categorias ele enumerou:
Bondade, apego, veneração,
Para quem, ao altruísmo, se dedicou.

Para ter  sentimento altruísta,
Do egoísmo deve ser desprovido.
Não ter caráter oportunista,
E de realismo ter vivido.


Minha participação no tema do mês da Fábrica de letras

quarta-feira, 10 de abril de 2013

PERFIL DE UMA MULHER






Nascida em Jabuticaba,
Na fazenda de seu pai.
Onde a terra Vista Alegre acaba,
E a gostosa infância não se vai.

Em seu registro está Maria,
Vinda de uma família Leal.
Viveu a vida com alegria,
Professando a fé divinal.

Infância bem vivida.
Na lavoura brincava.
Sempre extrovertida,
Leite da vaca tirava.
  
Uma das filhas mais velhas,
Do seu Eufrásio agricultor.
Vigiava as irmãs nas festas,
A mando do seu genitor.

Casou-se com José Marcelino.
Pra cidade veio morar.
Viúvo, com cinco filhos pequeninos,
Para ela ajudá-lo educar.

Seus filhos foram nascendo.
Treze rebentos pariu.
São três ainda vivendo,
Cujos frutos ela viu.

Esposa, mãe, avó, sogra, madrasta.
Fez o melhor do seu jeito.
Via a vida com ar entusiasta,
A todos os tratou com respeito.

Abria sua casa ao necessitado,
Para acudi-lo em sua dor,
Comida, abrigo eram dados.
Com altruísmo e amor.

Usava vestidos floridos,
Exibindo sua personalidade.
Cabelos penteados não repartidos,
Tudo com muita naturalidade.

Uma bolsa pequena levava,
Como fiel companheira.
Debaixo do braço acomodava,
Era sua grande parceira.

O seu bolo de puba, sem igual.
Era apetitoso para comer.
Arroz doce, canjica, cuscuz, que legal?!
Só ela sabia fazer.

Na pamonha era a maior.
Para mim, a preferida.
Não existia quem a fizesse melhor,
Aquela saborosa comida.
  
Na mesa queria ver prato cheio.
Comer até empanturrar.
Dizia: meu filho se não comer fica feio,
E você forte não vai ficar.

Era uma figura!
Gostava das pessoas sem distinção.
Uma graça de criatura,
Ninguém saia sem a sua atenção.

Agora ela está na Eternidade.
Junto a Jesus foi morar.
Nossa saudade é uma infinidade,
Até o dia em que iremo-nos encontrar.


Em memória à saudosa sogra: Maria Leal Souza que partiu, para o Senhor Jesus, em 05.03.2013.





domingo, 7 de abril de 2013

A CEREJEIRA

BLOG DO RUBI



A cerejeira bela flor,
Nacionalizada, Sakura, no Japão.
Simboliza a beleza fina do amor,
Unindo a nossa mão.

Tem tempo curto de floração,
Apenas uma semana dura,
Anuncia que o inverno perdeu a função,
Com a chegada da primavera doçura.

Os japoneses fazem muita festa,
Para contemplarem a cerejeira.
Todo Japão se manifesta,
Pela grandeza da mensageira.

A paisagem fica deslumbrante,
Respirando o gostoso olor.
A lente do RUBI fascinante,
Para nós fotografou.




Em agradecimento ao nosso querido RUBI, lá do Japão, que tanto tem-nos prestigiado com o seu maravilhoso olhar amigo. Abração.

sexta-feira, 5 de abril de 2013

A PORQUINHA PRETA.





No Sítio do tio Zezinho,
Morava a porca Preta.
Ela conduzia os filhinhos,
Como se fossem maletas.

Três eram os porquinhos,
Da mamãe, com grande amor.
Bolinha, Gorduchinho e Magrinho,
Que cuidava com ardor.

Zelos exagerados,
Mamãe porca aplicava,
Aos filhotinhos amados,
Que tanto vigiava.

Os bichinhos foram crescendo,
Já querendo namorar.
E ela entristecendo,
Por não poder controlar.

esperto jovem  Bolinha,
Decidiu de casa voar,
Para viver sua vidinha,
Longe dali, noutro lugar.

A senhora porca quase morreu,
Com dor no coração,
Quando viu seu fedelho,
Tomar radical decisão.

Em busca de afirmação,
Gorduchinho e Magrinho o seguiram,
Obedecendo a intuição,
Deixaram a mamãe; partiram.

E a porquinha ficou só,
Lamentando a solidão.
Chorava de dá dó,
Procurando atenção.

Mas para o seu consolo,
Em oportuna ocasião,
Eles vinham a tiracolo,
Para festejar a união.

E a velha Preta percebeu,
Os exageros levados a fundo,
Porque filhos não são seus,
Mas cidadãos do mundo.

segunda-feira, 1 de abril de 2013

O CORDEIRO PASCAL



Nosso cordeiro Jesus,
Foi por nós crucificado,
Pendurado ali na cruz,
Como ovelha, sacrificado.

Naquela amarga cruz,
Seu sangue foi jorrado,
Nas trevas, estava a luz,
O meu Jesus amado.

Ele entregou sua vida,
Por nos amar demais,
Lá na cruz decidido,
Não desistiu jamais.

O mundo precisa conhecer,
O caminhar de Jesus,
Para que possa entender,
Que sua vida não ficou na cruz.

Foi morto e massacrado,
Mas na tumba não ficou,
Seu corpo glorificado,
No terceiro dia, ressuscitou!

Jesus Cristo vivo está.
O mundo ele venceu.
Prometeu e vem nos buscar,
Por isso ele padeceu.

Ele é o Cristo Senhor,
O nosso Deus divinal.
Grande e real redentor,
O nosso Cordeiro Pascal.