Seguidores

sábado, 28 de abril de 2012

AS PERALTICES DO VOVÔ




Vovô Zezito era um homem que gostava de viver. Por toda a sua caminhada celebrava a vida com arte, prazer.
Aprendeu a dirigir cedo, num daqueles modelos Ford antigo. No primeiro dia em  que ele entrou no dito carro, para todo prosa, mostrar para os amigos que sabia conduzir aquele brinquedo de gente grande, ele exclamou: “ agora tenho uma casa  de quatro rodas, onde posso ir ao lugar que quiser”. Espirituoso como sempre, levava assim a vida que escolheu viver.
Nos dias festivos de carnaval, em sua pequena cidade do interior baiano,  enfeitava o Ford, colocava a filharada e ficava  fazendo algazarra, circulando ao redor do jardim na pracinha da cidade.Todos saiam para ver a alegria do “velho”.
Era um exímio pescador, mas sempre escapulia o maior peixe no momento máximo. Conversa de pescador; ele não poderia fugir à regra.
Das muitas estrepulias que protagonizava, separei uma que é hilária.
Morava numa rua que quando se abre a janela, dá-se  de cara com o vizinho do lado oposto.
À tarde quando o sol se declinava, ele tinha o hábito de por a cadeira na calçada para apreciar as novidades. Havia, também, uma senhora do outro lado que fazia o mesmo. E os dois trocavam conversinhas de não se jogar fora.
Certo dia, os dois estavam a deliciar do frescor do fim de tarde. Do outro lado da rua, um pouco mais adiante, havia uma garagem adaptada para escritório de um velho corretor.
Este corretor, inocentemente, não percebeu que os dois ficavam de olhos nas novidades que apareciam. Discretamente o corretor chegou com uma vistosa garota para a “ceia da tarde”.
O discreto dom Juan, para que não houvesse qualquer suspeita sobre os dois, deixou a porta do escritório entreaberta (era uma porta larga que se dividia em duas).
Os dois espiões, na calçada, cada um na sua, ficaram acesos. Uma gritou: oba tem novidades!
O outro respondeu: a festa vai ser boa, não vai? E ela retrucou: se vai?! Vamos ver a hora em que  isso terminará.
Como os pombinhos demoraram demais no escritório da alcova, o que o vovô fez? Entrou em casa, pegou um arame grosso, muniu-se de um alicate e partiu para a ação. Foi na ponta dos pés até a porta do escritório e no local onde se coloca o cadeado, ele puxou as duas bandas da porta e introduziu o arame nos orifícios que tinham as duas partes da banda  da porta amarrando com a ajuda do alicate. Pronto! O estrago está feito, falou o vovô morrendo de ri. Neste momento tanto o vovô como a senhora entraram em casa e ficaram na greta  de suas janelas  esperando o desfecho da artimanha.
Qual foi o resultado?  Quando acabou o embalo do amor, como sair se estavam trancafiados?
Os pombinhos começaram a esmurrar a porta, pedindo ajuda.
O vovô com a cara mais lavada saiu fora e perguntou o que está havendo, mano? E o homem lá de dentro respondeu: deixei a porta aberta, veio um malandro qualquer e amarrou este arame e fiquei aqui preso. E o vovô respondeu: mais que gente sem o que fazer! Como faz uma coisa dessas com um cidadão como o senhor, seu corretor?
E a senhora estava às gargalhadas e dizia: o que aconteceu seu Zezito? E ele respondeu ironicamente: prenderam o senhor corretor com a senhorita aqui dentro. Já se viu uma situação assim?
A esta altura dos acontecimentos a rua estava cheia de gente para ver o espetáculo. O relógio badalava 20h00.
Os dois cabisbaixos (corretor e namorada) saíram sem olhar para ninguém.
No dia seguinte era só o que se falava: trancaram o corretor bem na hora do “vamos ver” com a amada.
Moral da história: o corretor sumiu da rua e foi  cantar amor em outras plagas. E o vovô?! ah, o vovô se explodiu de tanto ri!


quinta-feira, 26 de abril de 2012

terça-feira, 24 de abril de 2012

TARDE LINDA DE OUTONO





Tarde linda de outono,
O sol brilha como verão,
Gente bonita passa e eu espiono,
Da janela do  meu coração.

A brisa da banda sul,
Sopra delicadamente.
No céu um bonito azul,
Visto espontaneamente.

Gente vai, gente vem.
A calçada repleta está.
Ao som do apito do trem,
Todos param prá olhar.

O trem passa, vai embora,
A garotada fica a passear,
O sol declina agora,
É chegada a hora de namorar.

Aquele friozinho sutil
Que a gente se sente dono.
São dias do belo abril,
Tarde linda de outono!

segunda-feira, 23 de abril de 2012

DIA ESPECIAL





Hoje é um dia especial,
Pois trocamos alianças no altar.
Ali achei a esposa ideal,
Que sempre me ajuda a caminhar.

E os anos se passaram,
São vinte e nove primaveras,
Os corações deparam,
Nesse olhar deveras!

Fiel, leal companheira,
Dos tristes e alegres momentos.
Muito firme e ordeira,
Em seus seletos pensamentos.

Casar-me-ia de novo
Com esta serena mulher,
Por ela tudo movo,
Por não ser uma qualquer.

domingo, 22 de abril de 2012

VINTE E DOIS DE ABRIL






Do alto mar Cabral avistou,
Um monte alto, verde campo.
Lá dentro da nau ele gritou:
Em terra firme acampo.

Um povo estranho ele viu.
Nu, usando arco e flecha para se defender,
O tripulante medo sentiu,
Mas, apeou para o nativo conhecer.

Que a terra era boa, Cabral notou:
“Em se plantando tudo dá”, afirmou.
E Caminha em sua carta, a Portugal, noticiou
A beleza e a riqueza que ela ostentou.

E assim este lugar se descobriu,
Num vinte e dois de abril.
O grupo à beira mar se reuniu,
E surgiu o novo chão Brasil!


sábado, 21 de abril de 2012

TIRADENTES




Foi nas Minas Gerais,
Onde um mineiro tal,
Inscreveu seu nome, entre os imortais,
Por lutar contra a opressão nacional.

Insatisfeito com a taxação do ouro,
Um movimento de libertação encabeçou.
E com um grupo fez o nascedouro,
De uma independência, que sonhara, desenhou.

  
Sua alcunha de Tiradentes,
Face à prática do ofício da profissão.
Foi um grande persistente,
Do que ditara o seu coração.

Ele tornou-se familiarizado,
Com as ideias iluministas.
E em São José Del Rei, foi martirizado
Por sua força nacionalista.

Joaquim José da Silva Xavier.
Herói da Inconfidência Mineira.
Lutou sem temer o que vier,
Foi traído, por não permitir injusta aduaneira.

Joaquim Silvério dos Reis, o traidor.
Denunciou, a todos, por covardia.
Tiradentes não se fez por desertor,
Firmando, com fervor,  a sua ousadia.

De todos os conjurados,
Só ele teve pena de morte.
Seu corpo enforcado e esquartejado,
Mas o seu ideal tornou-se mais forte.

Hoje é patrono cívico da nação.
Esse ilustre mineiro que em 21 de abril,
Teve sua vida dizimada sem compaixão,
Por ser defensor da causa Brasil.



HOMENAGEM AO GRANDE MINEIRO TONINHOBIRA. CLIQUE AQUI E FAÇA UMA VIAGEM EM SEU BLOGmineirinho-passaredo.blogspot.com

quinta-feira, 19 de abril de 2012

DIA DO ÍNDIO




O índio é um sofredor,
Busca sua terra por direito.
Quando Cabral aqui aportou,
O silvícola vivia satisfeito.

O branco de sua terra o expulsou,
E se tornou senhorio dela.
Agora o nativo sofre o horror,
Por não ter uma boa tutela.


Ele está escorraçado,
Do seu habitat natural,
Doente, triste e enxotado,
É tratado como animal.

O seu povo tem diminuído
No território nacional.
Moléstias, confrontos o tem abatido,
Urge uma atitude crucial.

Da caça e pesca era o seu viver.
Plantava e colhia a raiz.
Atualmente não tem como sobreviver,
E passa uma luta infeliz.

Do índio, hoje é o dia.
Não se tem o que comemorar.
A aldeia já é utopia,
É momento de repensar.

sábado, 14 de abril de 2012

A NATUREZA



Gosto da natureza,
Vivo a apreciá-la,
Admiro a sua beleza,
Como é bom vivenciá-la!

Ela vive maltratada,
Nas mãos do ganancioso,
Por ele é largada,
Em estado lastimoso.

Venha o homem despertar,
Do seu viver pernicioso,
E aprender a natureza amar,
Para que vivamos prazerosos.

Cuide da terra e do mar,
Não deixe o rio sucumbi.
Conserve limpo o ar,
Evite a poluição subir.

Depredador de plantão,
Pense nos anos futuros.
Na natureza não meta a mão,
Pra não passarmos apuros.

Se todo o olhar,
For de amor e preservação,
A natureza vai perdurar,
E garantir satisfação.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

DIA DO BEIJO




Beijo doce de amor,
Mata o desejo traz calor,
Pode ter ou não sabor,
O que importa é o fervor.


Lábios que se tocam,
No estalar d’um forte beijo.
Pensamentos que provocam,
A sensação do desejo.


Hoje é o dia do beijo.
Vi no blog da Elaine.
Esse ato tem sabor de queijo,
Há quem prove e se apaixone.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

CANÇÃO PARA NINAR MARIA




A tarde chora,
É hora de dormir.
A noite não demora,
Para trazer o seu luzir.

Estrelas cintilantes,
Piscam lá no céu.
São brilhos radiantes,
Aos lindos olhos seus.

De repente a cadente,
Foge do seu olhar,
Parece refulgente,
Mas vai cair no mar.


Cai não, estrelinha,
Fica aí no teu lugar,
Porque esta menininha,
Só te quer admirar.

Ela logo adormece,
Para de manhã acordar,
Nos braços de quem a aquece,
Para com os anjos sonhar.


Dedicada a Maria,a linda pimpolho de Tina que completa 03 meses de vida.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

quinta-feira, 5 de abril de 2012

O QUE SIGNIFICA PÁSCOA?




A palavra fala de passagem, remetendo-nos à saída do povo de Deus da escravidão do Egito.
A cada ano esse povo se reunia, em Jerusalém, para celebrar essa saída e a festa tinha início no crepúsculo da tarde do dia 14 do mês primeiro. Consistia numa refeição sacrificial composta de um cordeiro ou cabrito assado, pães sem fermento (asmos) e ervas amargas. Cada elemento desses tinha uma simbolização, quais sejam: o cordeiro ou cabrito assado relembrava o sacrifício; o pão sem fermento, a pureza requerida por Deus e as ervas amargas, traduziam a triste servidão desse povo ao povo egípcio.
Nós, os cristãos,  comemoramos a ressurreição de Cristo que com o derramamento de Seu sangue ali na cruz somos libertados de nossos pecados quando cremos nesse sacrifício, confessamos os nossos pecados, ao Senhor ,e guardamos os Seus ensinamentos.
Os judeus comemoravam a libertação de suas vidas da escravidão egípcia, os cristãos, a libertação do pecado através do Cordeiro Pascal, o Senhor Jesus.
Em nosso meio, festeja-se a páscoa, usando coelho e ovos de páscoa como símbolos, porém sem repaldo bíblico.
Aquele cordeiro ou cabrito assado que os judeus tinham-no como sacrifício, na festa da páscoa, já simbolizava o sofrimento de Cristo que foi moído, sacrificado, cuspido, blasfemado na cruz para morrer, mas ressuscitar para que pudesse nos tirar das garras de uma morte eterna e nos dar vida eternal com abundância.
Crê nisto? Então, entregue-se a Ele.
Esta é a páscoa de Cristo, a ceia do Senhor.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

TEMPO DE OUTONO


Dias curtos e bem frios,
É o outono da vida a chegar.
As folhas de muitas cores são brios
Que a estação vem nos dar.

As folhas caem ao longo da estação,
Voando como pena brilhante.
Tapete persa forma no chão,
Como uma passarela elegante.

Elas caem fertilizando o solo.
É a sábia natureza no seu ciclo vida e morte.
O fenômeno acontece em qualquer polo,
E o equilíbrio ambiental aporte.

Desce mais cedo o anoitecer,
Para a luz da lua brilhar.
E no tempero do escurecer,
O amor vai namorar.

domingo, 1 de abril de 2012

BARCO DE PAPEL


A enxurrada desce a ladeira,
Na baixada faz o remanso,
A moçada fica à beira,
Apreciando, na água, o descanso.

Nesse glorioso tempo de menino,
De dobradura fazia meu barco.
No remanso com meu jeito pequenino,
Na imaginação embarco.

A água ficava colorida,
Repleta daquelas  figurinhas,
O vento determinava a partida,
De nossos lindos barquinhos.

Horas a olhar,
O barquinho de papel.
N´água a navegar,
Aquele meu batel.


Barco de papel,
Quem não fez um?!
Era a nossa obra novel,
Que dispensava debrum

Ainda hoje o faço,
Para ativar a memória,
E na bacia do terraço,
Relembro a história.