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segunda-feira, 24 de março de 2014

ACENDI MEU FIFÓ


Acendi meu fifó,
Na mesa de cabeceira.
Para arrumar o meu lençol,
Que veio da tintureira.

Não havia no sertão,
Energia, meu senhor.
A luz de combustão,
Às vinte e duas se apagou.

Não é boa a escuridão,
Por isso usei o meu fifó,
Para trazer a claridão,
Como se fosse luz do sol.

Meu fifó está presente,
Clareando minha leitura.
Sua chama ardente,
Dissipa a noite escura.

O fifó de estimação,
Com o tempo se acabou,
Mas guardo no coração,
A relação que ficou.




FIFÓ = pequeno lampião de querosene. Termo muito usado no nordeste.

15 comentários:

chica disse...

Que lindo,Tunin!

Adorei o fofó e as lembranças que ele proporciona!

Muito legal e bem romântico, após as 22 acabar a luz...

Linda inspiração!!! Ótima semana! abração,chica

Daniel Costa disse...

Tunin, adorei o poema de velha recordação. Conheci a estudar nos primeiros anos à luz do petróleo. O utensílio sempre o conheci por candeeiro. A palavra fifó, até hoje me foi desconhecida.
Abraço

Edum@nes disse...

Tunin, acendeu seu Fifó!
Para o quarto iluminar
Acompanhado não está só
Deitado na cama a sonhar!

Com medo da escuridão!
Triste Tunin estava
Batia forte o seu coração
Ansioso alguém esperava!

São lindos os olhos dela!
A mulher da tua paixão
Tunin, amigo tem cautela
Não fiques nessa aflição!

Porque acredito!
Sei que tens razão
Desculpa amigo
Esta imitação!

Um abraço
Eduardo.

Patricia P. Galis disse...

Que beleza de escrito, qdo era pequena tinha uns 3 anos ia no sitio da minha vó, ela tinha um fifó guardado....adorei lembrar rs

Unknown disse...

Pois é, ainda hoje ah pouco vi uma matéria no BATV que num município do agreste da Bahia começaram uma obra de luz no campo, era para terminar em 30 dias e até hoje nada, e o fifó permanece aceso para esses nordestinos.
Ainda lembro isso na minha infância lá nos confundo da terra de meu pai, era assim.
Abraç

Lua Singular disse...

Oi Tunin,
Eu nunca vi um lampião
Mas, era o que usavam antigamente.
Conheça meu blog Infantil: Mundo dos Inocentes. Tem banner nos dois blogs
Obrigada pelo carinho
Beijos
Lua Singular
Vou colocá-lo na minha lista...

Anônimo disse...

Oi Tunin
Viajei com nestes versos e deu uma gostosa saudade da infância onde o fifó sempre esteve presente trazendo a claridade para as casas do sertão.
Parabéns pelo belíssimo poema
Um carinhoso abraço
Gracita

Dorli Silva disse...

Oi tio Tunin
Nós crianças inocentes agradecemos seu carinho.
Beijinhos
Mundo dos Inocentes

Anne Lieri disse...

KKK...Ficou divertida sua poesia,Tunin! E deve trazer muita saudade tb! Bjs e ótima semana,

Vera Lúcia disse...


Olá Tunin,

Não conhecia essa denominação para o lampião. Lembro-me de minha mãe utilizando lampião quando faltava energia. É mesmo algo que se guarda na lembrança.

Adorei sua poesia, numa cadência deliciosa. Linda!

Grande abraço.

Roselia Bezerra disse...

Olá, Tunin
Apesar do meu papai saudoso te sido nordestino, não conhecia o termo e gostei do poema...
Abraços fraternos e quaresmais

Pedro disse...

Tunin, adorei o fifó!
Beijinhos
Pedro

Unknown disse...

Bom dia meu doce amigo kkkk gostei
do nome Fifó, quando morei no sitio e fazenda, a chamava de Lamparina mas em cada lugar usa um jeito né
mas em versos e poema ficou muito bom adoreiii bjãooooo

Abraços com carinho!

└──●► *Rita!!

Toninho disse...

Uma boa recordação Tunin, os Fifós e lamparinas de minha infância, o uso da querosene a fumaça que entrava pelas narinas e deixava a marca nas paredes.

Era a noite com todos seus mistérios e assombrações.
Bela inspiração amigo.

Edite Lima disse...

Sabe que ainda usei um fifó logo que formei professora, para iluminar a sala de aula do curso de adultos na zona rural? Nem sabia que tinha esse nome. A gente chamava de Lampião com "casaquinha". A casaquinha é que protegia a chama do vento.
Bom, mas é bom recordar, se bem q as lembranças daquele tempo não são lá muito agradáveis. Bjs.